sexta-feira, 19 de outubro de 2012

EXPORTAÇÕES PARA A COMUNIDADE ANDINA MOVIMENTAM A FRONTEIRA ENTRE O BRASIL E PERU NA CIDADE DE ASSIS BRASIL, ACRE


Ônibus articulados são produzidos na cidade de Caxias do Sul/RS
 A empresa San Marino Ônibus e Implementos, fabricante de carrocerias para ônibus da marca NEOBUS realiza exportações para o Equador pela Rodovia Interoceânica.
Os veículos são fabricados na cidade gaúcha de Caxias do Sul. Serão enviados ao total 155 veículos, sendo 90 articulados e 65 coletores.  Com destino final na cidade de Guayaquil, Equador, o importador Consórcio Metro-Express está fazendo sua primeira importação por esta zona. As operações anteriores foram realizadas com transito pela Argentina e Bolívia. O primeiro lote de 20 unidades já se encontra em fronteira, e os processos já foram encaminhados à Receita Federal para liberação.
Serão exportadas 90 unidades articuladas e
 65 unidades coletoras
A empresa responsável pelo transporte das unidades é a peruana Michebus Andina Internacional Ltda S.A.C.
A Orgui Despachos Aduaneiros é a comissária responsável pelos tramites para conclusão da exportação no estado do Acre. O despachante aduaneiro Rafael Pimpão, representante do transportador e do exportador, afirma que “essa operação coloca a região no mapa do comércio exterior, pois a San Marino é uma empresa muito conceituada no seu segmento, e essa movimentação aqui pelo estado só vem afirmar o potencial que esta região tem para as atividades de comércio exterior”.
O desembaraço aduaneiro dos veículos será realizado no terminal aduaneiro da cidade de Assis Brasil devido à agilidade e rapidez com que os processos são recepcionados e desembaraçados.
Os auditores da Receita Federal se revezam na escala, indo de Rio Branco ou Epitaciolandia para atender a demanda gerada pela empresa no terminal aduaneiro.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mobilização no Amazonas provoca reação no empresariado e repercute na mídia


Vândia Ribeiro   
Qua, 20 de Junho de 2012 13:52
A mobilização por tempo indeterminado com a realização de operação-padrão e crédito zero tem a adesão em massa dos Auditores-Fiscais lotados nas unidades da RFB (Receita Federal do Brasil) do Amazonas. Segundo o presidente da DS (Delegacia Sindical) local, Eduardo Toledo, o movimento vem, diariamente, ganhando espaço nas emissoras de rádio, nos telejornais e jornais da região.
De acordo com Eduardo, o empresariado local também já se preocupa com o possível prazo de duração do movimento da Classe. “Já houve por parte de uma empresa do ramo de importação o ajuizamento de liminar para a liberação de mercadoria e temos informações que diversas outras empresas estão se movimentando no mesmo sentido”, disse o sindicalista.
“Estamos visitando diariamente todas as unidades da Receita Federal conclamando a Classe a manter a coesão e a unidade em relação ao movimento nacional”, acrescentou Eduardo que também adiantou que, na sexta-feira (22/6), os Auditores da região se reúnem em um café da manhã seguido de assembleia para deliberar sobre propostas que serão levadas para a Plenária Nacional em São Paulo. Na ocasião ainda serão discutidos assuntos relativos às ações dos Auditores amazonenses acerca da Campanha Salarial.
Veja as matérias da Rede Amazônica sobre os impactos da mobilização no pólo industrial e sobre a operação-padrão. Confira também a matéria publicada no jornal A Crítica.

Impacto de revisão salarial será pequeno, destaca Valor Econômico


Vândia Ribeiro   
Qui, 21 de Junho de 2012 14:12
A edição do jornal Valor Econômico de quinta-feira (21/6) publicou texto do jornalista Ribamar Oliveira sobre o impacto das revisões salariais para os cofres da União. A matéria, intitulada “Impacto de revisão salarial será pequeno”, aponta que a concessão de reajustes para os servidores publicos não acarretará problemas financeiros para o país.
De acordo com o jornalista, em comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), no governo do PT, o gasto com pessoal atingiu o seu pico em 2009, quando correspondeu a 4,74%. De lá pra cá, os números caíram, isto é, a máquina pública ficou cada vez mais barata para o Estado. Em 2010, a despesa foi reduzida para 4,66% e, no ano passado, ficou em 4,38%.
“Para este ano, a última previsão do governo é que o gasto fique em R$ 187,6 bilhões, o que corresponderia a 4,1% do PIB. Nesse período, portanto, a despesa com o pagamento de pessoal ativo e inativo cresceu menos do que o PIB, mesmo com todos os reajustes que foram concedidos nos últimos anos do Governo Lula”, destaca o texto.
Segundo a publicação, “se o governo mantiver o gasto com pessoal em 2013 no mesmo patamar deste ano, ou seja, em 4,1% do PIB, ele terá um espaço fiscal de cerca de R$ 20 bilhões para aumentos salariais dos servidores, desde que a economia cresça no próximo ano de 4% a 4,5%, como prevê o Banco Central”. Portanto, a perspectiva fiscal está longe de ser preocupante.
Ribamar também traça um panorama das manifestações dos servidores públicos na luta por reajustes salariais, ocorridas nos dois últimos anos. O jornalista alerta para o que a presidente Dilma Rousseff poderá enfrentar em função das mobilizações dos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) e demais carreiras ticas de Estado e reforça que todos os servidores protestam contra o que chamam de congelamento dos salários, promovido pelo atual Governo.
A DEN (Diretoria Executiva Nacional) entende que a análise publicada pelo jornal Valor Econômico demonstra que os formadores de opinião estão compreendendo o que os Auditores-Fiscais há muito têm dito: é mais barato e interessante para o Governo promover reajustes anuais - como previsto na Constituição - que radicalizar as negociações e chamar as categorias para o enfrentamento. Vale destacar que, apesar do discurso de crise internacional adotado pela Presidência da República, há espaço fiscal suficiente (como mostra o jornal) para promover o ajuste.
Os números comprovam que só para manter o gasto com pessoal no patamar em que está, o menor dos últimos anos, o Governo terá de reajustar os salários do funcionalismo em R$ 20 bilhões. O Sindifisco alerta que a radicalização promovida pelo Governo é altamente prejudicial à sociedade e indubitavelmente desnecessária, como se pode constatar em qualquer análise das contas públicas.

Painel da Folha destaca prejuízo da mobilização dos Auditores à Economia


Ana Flávia Câmara   
Qui, 21 de Junho de 2012 11:29
Conta cara. Foi assim que a coluna Painel, da Folha de S. Paulo da quinta-feira (21/6), classificou as operações padrão e crédito zero realizadas pelos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil em sua Campanha Salarial. “O Sindifisco estima em R$ 150 milhões ao dia a perda de arrecadação”, diz trecho da nota. Ainda de acordo com a coluna, em 2011, a arrecadação aduaneira de impostos foi de cerca de R$ 77 bilhões.
Desde o dia 18, as operações padrão e crédito zero foram deflagradas pelos Auditores por tempo indeterminado. Antes de chegar a essa situação, eles tentaram à exaustão negociar a pauta salarial com o Governo, mas não obtiveram retorno algum.


Fonte: http://www.sindifisconacional.org.br

SINDIFISCO Nacional - Mensagem do presidente sobre operações padrão e crédito 0 por tempo indeterminado

Declaração do presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais sobre o início da operação padrão em todas as unidades da RF a partir de 18/06, sem previsão de prazo definido para sua duração.

sexta-feira, 15 de junho de 2012



Clique no link http://www.receita.fazenda.gov.br/noticias/2012/jun/ConhecaAduana.htm para acessar o convite e a lista de Unidades onde podem ser realizadas as visitas.
No estado do Acre o agendamento será feito na unidade de Brasiléia.

UnidadeInspetoria da Receita Federal em Brasiléia
EndereçoAvenida Internacional, 595 – Satel, Epitaciolândia
Responsável pelo AgendamentoVanessa Graf, Guilherme Viudes ou Giselle Miranda
Telefone(68) 3546.3106
Atendimento9:00 às 11:30 e 14:30 às 17:00

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A OCIOSIDADE JÁ ASSUSTA USINAS DE AÇO - PROBLEMAS BRASILEIROS ED. MAIO/JUNHO 2012


Queda na demanda leva a redução da atividade industrial e produtores reclamam.
Alberto Mawakdiye
Revista Problemas Brasileiros nº 411 – Maio/Junho 2012 (SESCSP)

Um relatório concluído no final do ano passado pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) e patrocinado pela Associação Latino-Americana de Aço (Alacero) – que representa 51 empresas siderúrgicas da região – está ajudando a aquecer ainda mais a tórrida discussão se o Brasil estaria ou não em processo de desindustrialização.
Na opinião dos técnicos da Funcex, assim como da Alacero, não restam mais dúvidas de que está. E a prova cabal não residiria “apenas” na redução da fatia da indústria na composição do produto interno bruto (PIB), na cada vez menor participação do setor no portfólio das exportações e no avanço dos manufaturados asiáticos no mercado brasileiro, cujos números, assustadores, constam do relatório das entidades. Um índice tão ou mais revelador do processo de desindustrialização é a queda na demanda de aço pelas indústrias – um dado também não exatamente novo, todavia agora mais bem contextualizado na cadeia produtiva pelo estudo.
Segundo o relatório, a entrada indireta de aço no Brasil por meio da importação de produtos acabados já tomou de 15% a 20% de um potencial mercado das usinas siderúrgicas nacionais. “Não se trata da compra externa pura e simples do aço, que também já é significativa, feita por empresas transformadoras instaladas no país”, diz o especialista em siderurgia Germano Mendes de Paula, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), de Minas Gerais, e coordenador do trabalho realizado pelas duas entidades, “mas, sim, do aço que ingressa no Brasil como insumo de produtos prontos, acabados, como automóveis, bens de capital, utilidades domésticas e comerciais e artigos de construção civil”, esclarece.
De acordo com aquele estudo – que utilizou o ano de 2010 como base estatística –, praticamente metade (44,8%) do total das importações brasileiras no período diz respeito a produtos metalomecânicos, que quase sempre levam aço em sua composição, em diferentes quantidades. Nada menos que 62,7% das exportações da China para o Brasil, por exemplo, foram constituídas por produtos acabados desse segmento. Já no item máquinas e equipamentos, a porcentagem de importados alcançou alentados 26,4% no período – ou seja, de cada quatro máquinas comercializadas no Brasil, uma “mais um pedacinho” veio de fora. No tocante aos veículos automotores, por sua vez, a participação dos importados cravou em 18,3%.
Isso fez o volume de importações indiretas de aço saltar de 2,6 milhões de toneladas, em 2009, para 4,2 milhões de toneladas em 2010. Já a compra de chapas e outras modalidades de artefatos em aço bruto passou de 2,3 milhões de toneladas para 5,9 milhões de toneladas de um ano para o outro. Assim, no total, a importação direta e indireta mais que dobrou, chegando a 10,1 milhões de toneladas. O pior é que o cenário se agravou em 2011, o ano em que o estudo foi concluído, embora na aparência tenha melhorado para as siderúrgicas. De acordo com o Instituto Aço Brasil (IABr), o equivalente nacional da Alacero, a soma das importações diretas e indiretas alcançou 8,3 milhões de toneladas no ano passado, quase 20% a menos que em 2010.
O motivo de essa queda não ter sido comemorada pelo setor está no fato de que o que diminuiu foi a importação direta de aço, que ficou em 3,6 milhões de toneladas, como consequência da redução da atividade fabril provocada pela crise econômica global e da política de preços mais agressiva adotada pelas usinas nacionais (com reflexos óbvios nas margens de lucro). As importações indiretas alcançaram a gigantesca marca de 4,7 milhões de toneladas, superando em 11,3% o volume de 2010. Como termo de comparação, vale informar que a produção conjunta de duas das maiores usinas brasileiras, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e a Usiminas, de Ipatinga, em Minas Gerais, é de 5 milhões de toneladas de aço bruto por ano – só um dedo a mais que o volume importado indiretamente em 2011.
“Já temos todos os sinais de que a indústria brasileira está regredindo, e a participação dos importados, avançando”, lastima Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do IABr, entidade que tem entre seus filiados as “cinco grandes” do setor siderúrgico no país – CSN, Usiminas, Gerdau, ArcelorMittal e Votorantim –, as quais, juntas, respondem por mais de 95% do volume do aço produzido em território brasileiro. “O mais grave é que a situação, não dá para negar, está indo de mal a pior”, reclama Lopes.
De fato, está. Uma estimativa tabulada pela poderosa Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que representa o setor de bens de capital, mostrou que, se a produção industrial brasileira cresceu cerca de 40% entre 2004 e 2010, o consumo interno de bens de média e alta tecnologia deu um salto de 76% – quase o dobro, portanto. Trocando em miúdos: a diferença foi coberta pelas importações, que, segundo a Abimaq, cresceram absurdos 177% entre 2004 e 2010, no caso desse tipo de produto.

PERFIL DISCRETO

Na verdade, a importância do relatório da Funcex/Alacero não está tanto em seu conteúdo. Afinal, dados e análises sobre a possível desindustrialização do Brasil circulam nos meios produtivos e governamentais, assim como nas universidades e na imprensa, já faz um bom tempo. A novidade está no fato de ter sido essa a primeira vez em que a siderurgia resolveu abrir a boca para valer. As empresas do setor sempre mantiveram um perfil discreto sobre o assunto, e faziam isso como se o problema não lhes dissesse respeito. Era, enfim, uma ausência sentida, principalmente porque, em termos de poderio econômico e político, as usinas de aço não ficam muito atrás do agronegócio, da indústria petrolífera e da mineração em termos de importância econômica. Vale lembrar que o Brasil já ocupou lugar de honra entre os dez maiores produtores mundiais de aço bruto. Hoje, é o nono do setor, com uma capacidade instalada de 47,4 milhões de toneladas, e os programas de investimentos já definidos (mas agora não inteiramente confirmados) devem elevar essa oferta para 55 milhões de toneladas em 2015 – embora a produção média anual não tenha conseguido superar a marca de 40 milhões de toneladas.
O Brasil é, de longe, o maior produtor siderúrgico da América Latina, com um parque industrial de proporções invejáveis, representado por 14 companhias privadas controladas por dez grupos empresariais. O parque fabril propriamente dito é composto por 28 usinas de grande porte distribuídas em dez estados, todas elas fora dos centros urbanos. As instalações industriais e a maquinaria estão entre as mais modernas do mundo, sendo reconhecidamente bem mais avançadas que as congêneres americanas, por exemplo.
O país é, por isso, tido mundialmente também como um fabricante de qualidade diferenciada. Explica-se: o parque produtor brasileiro está apto a entregar ao mercado qualquer produto siderúrgico de linha, desde que, é claro, a produção seja plenamente justificável no aspecto econômico. Por ora, só não consegue confeccionar algumas ligas especialíssimas, como as que são desenvolvidas na Alemanha e no Japão.
É esse tesouro fabril, que se desenvolveu lentamente à sombra do Estado depois da criação da CSN, nos anos 1940 – e que recebeu uma injeção cavalar de investimentos a partir da década de 1990, quando as usinas estatais foram privatizadas –, que agora faz ecoar aos quatro ventos a ameaça apontada no estudo da Alacero. Ao analisar basicamente o que, para as siderúrgicas, é sua ponta do consumo, o estudo debruçou-se mais sobre a crise dos mercados atendidos pelo setor do que sobre si mesmo. Foi uma estratégia inteligente. O relatório engrossou o coro dos que alardeiam o processo de desindustrialização em curso no país e, discretamente, inseriu a siderurgia no contexto.
O efeito foi o de um toque de sirene, que continua a fazer barulho. Na prática, o estudo sinalizou, com algumas pinceladas de pânico, que o processo de desindustrialização avançou tanto no Brasil que já estaria colocando as siderúrgicas em palpos de aranha. É bom não esquecer que, em sã consciência, nenhum país pode prescindir das usinas de aço se sonha um dia ser senhor de uma indústria de transformação forte e independente.
“É consensual que o Brasil está, pouco a pouco, se transformando em uma sociedade de commodities e de serviços. Cabe discutir se isso será bom ou ruim para o país”, questiona Sergio Dias Teixeira Junior, especialista em comércio exterior e professor da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), na Grande São Paulo. “As nações que lograram uma desindustrialização positiva têm, hoje, renda per capita superior a US$ 30 mil, são países ricos. A renda per capita no Brasil está crescendo, é verdade, mas atingiu somente US$ 10,9 mil em 2010 e, apontam os estudos, chegará a US$ 20 mil apenas em 2025”. A desindustrialização positiva, explique-se, acontece quando o rendimento per capita de uma nação permite que os setores de serviços mais dinâmicos aumentem sua participação na formação do PIB, passando, portanto, a ocupar espaços da indústria.
Teixeira diz que o país ainda não atingiu um modelo industrial plenamente desenvolvido, provido de tecnologia de ponta e de diferenciais competitivos, capazes de levar a uma mudança de ênfase em suas atividades econômicas, isto, evidentemente, com raríssimas exceções. Por isso, a queixa das siderúrgicas – e do restante da indústria – é mais que pertinente, e seus reclamos deveriam ser encampados pelo governo e transformados em políticas industriais mais efetivas mediante a adoção de medidas que revertessem o processo ou pelo menos estimulassem o aumento da competitividade do setor. Segundo o professor da UMC, uma boa mexida no câmbio e na taxa de juros também seria bem-vinda.
 “O Brasil emergente, com um alto potencial de crescimento, necessita muito do segmento industrial como fator propulsor do desenvolvimento, a exemplo de suas cadeias produtivas mais longas, como a têxtil e a metalomecânica”, explica Teixeira. “Sem essas precondições, a desindustrialização acabará causando danos irreparáveis à economia do país.”
Em abril último o Planalto lançou um pacote de medidas com vistas a estimular a competitividade da indústria nacional, incluindo mais recursos para financiamento por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e desoneração da folha de pagamento. A iniciativa foi considerada positiva, mas as entidades empresariais acreditam que possa ter pouco impacto. Segundo elas, o grande responsável pela perda de competitividade da indústria nacional é o custo Brasil, que envolve, por exemplo, deficiências da infraestrutura, preços altos da energia elétrica, a pesada carga tributária e até a falta de capacitação da mão de obra. “Se você tem uma doença que provoca uma ferida, não adianta só passar pomada. É preciso eliminar a causa”, disse à imprensa Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

PEÇAS E COMPONENTES

O caso das indústrias de bens de capital é emblemático. A balança comercial do segmento bateu um novo recorde em 2011. Recorde negativo, é claro. Fechou o ano com um déficit de US$ 17,9 bilhões (13,6% maior que o de 2010), e com um elevado volume de importações, que alcançou no período US$ 29,8 bilhões. E o cenário para este ano não é nada animador. Em janeiro último, o déficit da balança comercial da indústria de máquinas e equipamentos atingiu US$ 1,5 bilhão, resultado negativo igual à soma dos 12 meses de 2005.
O mais grave de tudo é que o crescimento das importações já chegou à área de partes e de peças. “Atualmente, cerca de 50% dos componentes utilizados na manufatura de bens de capital no Brasil são trazidos de fora porque, alegam as empresas, elas precisam concorrer com um mínimo de competitividade”, diz Carlos Nobre, presidente da Câmara Setorial de Transmissão Mecânica da Abimaq. “É um cenário de desmonte”, afirma.
De acordo com Nobre, o setor tende a tomar o mesmo caminho já trilhado pela cadeia produtiva do setor de injeção de plásticos. Ele relata que os fabricantes desse ramo começaram comprando injetoras da China, cujo valor comercial, calculado por quilo do equipamento pronto, pasmem, era inferior ao preço cobrado pelo quilo da matéria-prima da qual eram feitas. “As indústrias locais simplesmente tiraram essas máquinas de linha porque não tinham como competir com os asiáticos”, ele diz. Resultado: o Brasil deixou de fabricar um item de larga importância e, desgraçadamente, passou a comprar também no exterior boa parte dos artigos de consumo feitos de plástico. “Foi toda uma cadeia produtiva que se perdeu”, observa Nobre.
Coisa semelhante está começando a afetar a indústria de autopeças. No ano passado, o setor fechou sua balança comercial com um déficit de US$ 4,6 bilhões, 30,9% maior que o de 2010. “A triste verdade é que as indústrias brasileiras têm importado a maior parte dos componentes, peças e moldes que emprega, colocando de lado nossos ferramentais”, observa Milton Rezende, presidente do Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo (Sinafer). “É como se estivéssemos retornando à condição de colônia e transformando nossos trabalhadores qualificados em desempregados”, pontifica.
De acordo com Rezende, em 2008 esse ramo fabril empregava 282 mil trabalhadores, mas fechou 2010 com 265 mil vagas. A bem da verdade, a redução das oportunidades de trabalho é um fenômeno que pode ser confirmado na indústria em geral. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre 1985 e setembro de 2010 o emprego na área amargou a queda de 28%. No mesmo período, a empregabilidade no setor de serviços cresceu 11%, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, é notória a migração da mão de obra, muitas vezes especializada, do segmento de manufatura para outras áreas de atividade, e tendo seu potencial subestimado. Vale informar que parte dos trabalhadores brasileiros do ramo de serviços recebe, na média, menos que dois salários mínimos mensais.
É provável até que, se as circunstâncias econômicas internacionais não estivessem tão desfavoráveis, a indústria siderúrgica não se sentisse tentada a entrar de cabeça no debate sobre a desindustrialização. Ou, quem sabe, viesse a adiar um pouco a difusão de suas apreensões. Ocorre que, com a desaceleração da produção industrial de grandes players, como Europa, Estados Unidos e Japão, o estoque de aço no mundo nunca esteve tão alto: cerca de 530 milhões de toneladas, conforme dados da Associação Mundial do Aço (WSA, na sigla em inglês). A capacidade produtiva mundial gira em torno de 2 bilhões de toneladas ao ano, o que significa que os estoques já equivalem a pouco mais de 25% disso.
Assim, não causa surpresa que o fantasma da ociosidade tenha começado a rondar as usinas locais. E o problema só não é maior porque o Brasil tem conseguido exportar aço de maneira até surpreendente (principalmente para a América Latina). No exercício passado foram colocadas no exterior 12,8 milhões de toneladas do insumo, um crescimento de 42,6% na comparação com 2010. O volume equivaleu a cerca de um quarto do total produzido, que em 2011 bateu em 39,4 milhões de toneladas.
Uma coisa é certa: o avanço chinês no setor, em âmbito mundial, é inexorável. O crescimento médio anual do consumo de aço nos quatro cantos do globo, entre 2000 e 2010, foi de 5,4%, enquanto a China, sozinha, exibia uma expansão de 16,5% na produção. Mais: os conterrâneos de Hu Jintao participaram com 84% do incremento da produção mundial do metal.
Por enquanto, o produto chinês ainda não é uma grande ameaça porque atende a uma demanda interna que também é imensa. No ano passado, o consumo per capita de aço no país foi de 430 quilos, quatro vezes o da América Latina. Entretanto, se a economia da maior nação da Ásia começar a descer a ladeira, como os indicadores começam a mostrar, certamente o mercado internacional será inundado pelo excesso de sua produção. Aí, então, será um Deus nos acuda.
Tudo indica que a siderurgia brasileira ainda ficará entre a cruz e a caldeirinha: está perdendo mercado no próprio país, que se desindustrializa, e também no exterior, por conta da crise na Europa e nos Estados Unidos. Não é à toa, portanto, que os empresários do ramo, mesmo que discretamente, fazem coro com os descontentes de outros segmentos. Todos pedem providências efetivas ao governo porque é preciso amparar nosso parque manufatureiro antes que seja tarde.

A MARCHA DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO

O estudo “Desempenho da Cadeia de Valor Metalomecânica Latino-americana” envolveu pesquisadores do Brasil, Argentina, Colômbia e México e resultou numa radiografia de mais de 70 páginas sobre o processo de desindustrialização em curso na América Latina.
As quedas na participação da indústria são mais acentuadas no Brasil e na Colômbia, países que registraram a maior valorização cambial dos últimos anos e, na mesma proporção, o aumento dos índices de importação.
A participação da indústria manufatureira do Brasil no PIB caiu de 19,2%, em 2004, para 15,8% em 2010. Na Argentina, a contribuição do mesmo setor na economia despencou de 21%, em 1980, para 17% no ano passado. Já no México, a indústria, que em 1980 respondia por 18% do PIB, teve sua participação elevada para 20% em 2000, mas recuou para 18% em 2010.
O declínio ocorreu também nas trocas internacionais do setor metalomecânico. Em 2005, de acordo com o mesmo estudo, Brasil, Argentina, Colômbia e México exportaram cerca de US$ 1 bilhão para a China em produtos do segmento e importaram US$ 18,3 bilhões. Cinco anos mais tarde, a soma conjunta das exportações dobrou. No entanto, as importações saltaram para US$ 59,5 bilhões.
No comércio bilateral com a China, a situação do Brasil é hoje quase a de um país subdesenvolvido. Fornecemos ao país asiático basicamente minério de ferro e commodities agrícolas, já que apenas 2,5% dos produtos mandados para lá são constituídos por itens metalomecânicos. De qualquer forma, as vendas internacionais do setor alcançaram US$ 11,9 bilhões em 2011 (alta de 28,2% na comparação com 2010) e 48% do volume foi comercializado com nações da América Latina.
A verdade é que as exportações de bens de capital estão avançando muito menos que as importações. Desde 2004, quando as vendas externas cresceram 60%, as importações ampliaram-se em 290%. Esse é um outro motivo de preocupação para as siderúrgicas. E não é para menos. A participação desses itens na pauta das exportações brasileiras tem caído de maneira generalizada: de 55% em 2005 para 39,4% em 2010, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

OUTRO DESAFIO: O CUSTO DO MINÉRIO DE FERRO

As siderúrgicas brasileiras também estão sendo levadas a lutar em outra frente, representada pelo minério de ferro, matéria-prima essencial para a produção do aço. Hoje, quase todo o minério utilizado nas linhas de produção das usinas nacionais é fornecido pela megamineradora Vale com base em preços internacionais.
Em 2010, a tonelada de minério de ferro exportada experimentou um incremento médio de preço da ordem de 86,7%. Todavia, o custo médio da tonelada de aços laminados avançou apenas 13,7%. Junto com o carvão, o insumo comercializado pela Vale representa aproximadamente 50% do custo do aço.
Tamanha discrepância no âmbito da mesma cadeia produtiva é explicada pela voracidade da China por minério de ferro e pela retração das economias da Europa e dos Estados Unidos após a crise de 2008, que levou à redução no consumo de produtos siderúrgicos.
Para fugir desse cenário – que se reflete sobre os custos e os preços finais –, CSN, Usiminas, Gerdau e ArcelorMittal pretendem destinar, juntas, mais de US$ 12 bilhões nos próximos cinco anos à expansão da atividade mineradora. A meta de todas é atingir a autossuficiência no suprimento de ferro.
Hoje, a capacidade de produção da Usiminas é de 7 milhões de toneladas de minério, ou 40% de sua necessidade. A meta para 2015, quando pretende chegar a 100%, é de 29 milhões de toneladas. Já a gaúcha Gerdau quer alcançar a autossuficiência ainda este ano, quando deverá produzir 7 milhões de toneladas de minério de ferro. A ArcelorMittal, por sua vez, pretende chegar a 2015 com 75% de sua demanda global atendida por produção própria ou através de contratos estratégicos de fornecimento.
A CSN, entretanto, é a que está indo mais longe. A empresa anunciou que pretende fazer fortes investimentos para ampliar sua atividade mineradora: serão aplicados R$ 13 bilhões até 2015 com vistas a elevar a produção dos atuais 26 milhões de toneladas de minério de ferro para 89 milhões de toneladas. O salto tornará a CSN rival direta da Vale no segmento. Hoje, 75% do minério comercializado pela siderúrgica de Volta Redonda já tem como destino os fornos de terceiros.

Ponte sobre o Rio Madre de Dios, em Puerto Maldonado

A ponte construída sobre o rio Madre de Dios, na cidade de Puerto Maldonado (PE) elimina completamente o tempo de espera dos veículos pela balsa, tanto de passeio como de carga.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Auditores se mobilizam a uma semana de paralisação por tempo indeterminado




Danielle Santos   
Seg, 11 de Junho de 2012 16:06
A uma semana do início da paralisação que ocorrerá por tempo indeterminado, marcada para o dia 18, Auditores-Fiscais lotados em todo país se manifestarão mais uma vez em prol da valorização da categoria e por condições salariais mais justas. A estratégia é importante para que a Classe reafirme mais uma vez a disposição e o engajamento necessários para o atendimento dos pleitos pelo Governo. 
Seguindo o calendário proposto e aprovado na última Assembleia Nacional, chegou a hora de intensificar as demonstrações de insatisfação da Classe durante os dois dias de Mobilização de Advertência, que ocorrerão em 12 e 13 de junho, com a realização de operações-padrão nas unidades de zona primária e de crédito zero na zona secundária.
É importante que as ações relacionadas à mobilização sejam encaminhadas pelas DS (Delegacias Sindicais) ao Departamento de Jornalismo do Sindicato, no emailjornalismo@sindifisconacional.org.br para divulgação também no site da entidade.
A partir das informações serão produzidas pequenas matérias com os desdobramentos de cada localidade que serão disponibilizadas também em redes sociais (Twitter e Facebook) durante o dia.
Reconhecimento - A mídia, o empresariado e a sociedade reconhecem a importância da Classe para a contribuição de um Estado fortalecido, mas até quando o Governo continuará ignorando tal fato?
Com prazos de negociação salarial esgotados e à beira de uma paralisação sem data para terminar, o Executivo parece apostar no "pagar para ver" até onde os Auditores são capazes de chegar.
Cabe agora a todos, nos dias 12 e 13, dar uma resposta à altura.
Boletim Informativo - Ano III Nº 679, 12/6/2012
Fonte: http://www.sindifisconacional.org.br

segunda-feira, 28 de maio de 2012

ABC CARGAS realiza viagem de teste com veículos Mercedes-Benz pela Interoceânica



A empresa de transportes internacionais ABC CARGAS, representada pelo despachante aduaneiro Rafael Pimpão, realizou mais uma operação de teste de veículos na modalidade auto-transporte. 
Os veículos da marca Mercedes-Benz saíram de São Bernardo do Campo (SP) com destino à Lima. A ABC CARGAS já realizou testes com veículos Scania e Marcopolo pela Interoceânica e se declarou bastante satisfeita com os resultados. 
O despachante aduaneiro responsável pela operação, Sr. Claudemir Gomes de Oliveira, acompanhou os veículos até a IRF da cidade de Assis Brasil, onde serão desembaraçadas as duas unidades transportadas. Estima-se que o tempo de liberação seja tão rápido quanto foram as operações anteriores. A ABC CARGAS tem interesse pela rota, identificada já no inicio de sua construção, quando realizou o transporte do maquinário da ODEBRECHT para o Consórcio IRSA. O representante de ABC CARGAS no estado acredita que devido a agilidade nos tramites e da redução, ainda que pequena, dos custos, o fluxo de cargas destinadas ao Peru dessa empresa seja direcionada uma parte para esta região.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Novas regras para procedimentos aduaneiros em Assis Brasil - AC

Nas últimas semanas foram feitas várias operações de importação e exportação pelo terminal aduaneiro de Assis Brasil, no Acre, conforme os horários estabelecidos pela SRF local.
O estado não conta com muitos auditores e as operações ainda são poucas, mas a tendência é que o movimento de cargas cresça entre Brasil e Peru nos próximos meses.
Em função do pouco movimento, foi informado pela IRF de Brasiléia, de onde se deslocam os auditores para o terminal de Assis Brasil, que as operações de importação e exportação serão desembaraçadas nesse terminal através de agendamento. Todos os transportadores e despachantes aduaneiros interessados em usar o terminal para desembaraço devem procurar a IRF de Brasiléia ou o Ponto de Fronteira de Epitaciolândia para agendamento, lembrando que a data a ser agendada depende da disponibilidade de auditores para deslocamento.
Já foram realizadas operações nessa modalidade no terminal de Assis com sucesso. O tempo de liberação em relação à Epitaciolândia é menor, o que agiliza o deslocamento dos veiculos para descarga em  Rio Branco nas importações.
As empresas ABC Cargas e Michebus Andina realizaram nesta semana exportações para o Peru e Ecuador de veículos por meios próprios (auto-transporte de ônibus). Marcio Tadeu, responsável pela operação da ABC, acompanhado de um representante do importador Scania del Peru, manifestou sua satisfação com relação ao tempo de liberação afirmando que "após esta operação é provável que centralizemos todo transporte destinado ao Peru para esta fronteira".
O despachante aduaneiro e representante da Michebus Andina, Rafael Pimpão, afirma que o terminal de Assis Brasil, além de oferecer segurança para as unidades transportadas, oferece mais agilidade no desembaraço.
De acordo com as informações dessas empresas, é provável que pelo menos duas vezes por semana se tenha operações de exportação nesse terminal.
A empresa CIMEC, importadora do cimento Yura, já realizou uma operação em Assis e realizará uma na próxima semana em Epitaciolândia para medir os tempos e decidir onde se realizarão as próximas operações de importação. É provável que o terminal a ser usado seja o de Assis Brasil.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Horários e modelo operacional do terminal aduaneiro de Assis Brasil e do posto de fronteira de Epitaciolândia

Foi informado pelo auditor fiscal da RF, Pedro Henrique M. de Magalhães, os horários de funcionamento e condições de uso das unidades aduaneiras de Assis Brasil e Epitaciolândia:


11- O exportador/importador, através de seu despachante, define qual dos terminais será a unidade de despacho e embarque para os desembaraços de exportação e importação, podendo ser da seguinte forma:
1.1-  Se o desembaraço de importação/exportação for em Epitaciolândia, declarar no SISCOMEX:
I. Unidade de despacho 0230154 Epitaciolândia
II. Unidade de embarque 0230151 Assis Brasil
1.2- Se o desembaraço de importação/exportação for em Assis Brasil, declarar no SISCOMEX:
I. Unidade de despacho 0230151 Assis Brasil
II. Unidade de embarque 0230151 Assis Brasil

22- O funcionamento dos terminais será da seguinte forma:
2.1- Assis Brasil: quinta e sexta feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h;
2.1.1- Os despachos recebidos no dia, até as 12h, serão recepcionados e revisados no mesmo dia;
2.1.2- Os despachos recebidos no dia, após as 12h, serão recepcionados e revisados no próximo dia hábil do terminal.
Observação: caso o despacho seja apresentado na sexta feira após as 12h, este poderá ser recepcionado e revisado no mesmo dia se o auditor não tiver nenhum outro desembaraço pendente de análise, caso contrário, ficará pendente até a próxima quinta feira, quando o auditor retornará ao terminal para conclusão dos processos em aberto; aos finais de semana este terminal opera somente para abertura ou encerramento de trânsitos aduaneiros.

2.2- Epitaciolândia: segunda à sexta feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h;
2.2.1- Os despachos recebidos no dia, até as 12h, serão recepcionados e revisados no mesmo dia;
2.2.2- Os despachos recebidos no dia, após as 12h, serão recepcionados e revisados no próximo dia hábil do terminal.
Observação: o ponto de fronteira de Epitaciolândia aos finais de semana somente opera com controle de bagagem e abertura ou encerramento de trânsitos aduaneiros, não há recepção de despachos de importação ou exportação nesses dias.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Movimento do Porto Seco de Foz do Iguaçu bateu recorde em 2011

O Porto Seco de Foz do Iguaçu, situado às margens da BR-227, é um recinto alfandegário onde ocorre o processamento da maior parte dos despachos de importação e exportação realizados no âmbito da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Foz do Iguaçu, sendo atualmente administrado pela concessionária Elog Logística Sul Ltda.
Foz do Iguaçu está situada em ponto estratégico pela posição geográfica que ocupa no contexto das relações comerciais entre Brasil, Argentina e Paraguai. Desta forma, além das atividades de fiscalização e vigilância nas fronteiras, numerosas operações de comércio exterior (exportações, importações, regimes aduaneiros especiais) são realizadas diariamente, o que resulta num movimento intenso de caminhões que entram no País e dele saem diariamente, sempre passando pelo Porto Seco.
No ano de 2011 o recinto apresentou a movimentação de 149.773 caminhões, entre veículos com mercadorias de importação, exportação e trânsito aduaneiro, o que dá uma média diária superior a 480 caminhões, consolidando-se como um dos portos secos de maior movimento do País. No ano anterior, o total de caminhões movimentados foi de 143.663 veículos.
O total das cargas de exportação que passaram pelo recinto em 2011 atingiram a cifra de US$ 3,12 bilhões, registrando um aumento de 40,08% em relação a 2010, quando alcançaram US$ 2,23 bilhões. As importações totalizaram US$ 1,94 bilhões em 2011, o que resulta num incremento de 20,91% em relação ao ano anterior, cujo valor foi de US$ 1,61 bilhões.
Fonte: Click Foz

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Terminal Aduaneiro de Assis Brasil volta a operar para importações e exportações

As primeiras semanas de 2012 foram marcadas com uma excelente notícia para os importadores e exportadores que realizam negócios com o vizinho Perú através da Rodovia Interoceânica.
A Delegacia da Receita Federal de Rio Branco autorizou o funcionamento da unidade de Assis Brasil (URA 0230154) para os processos de importação e exportação com a vizinha República do Perú. Devido ao número ainda reduzido de auditores para a região, os dias estipulados para realização dos trâmites são às quintas e sextas-feiras, das 09h às 12h e das 14h às 17h.
O Inspetor Francisco Antonio Braz, responsável pela IRF Assis Brasil, informou que os procedimentos serão realizados normalmente já a partir desta semana.
A empresa Michebus Andina, representada pela Orgui Despachos Aduaneiros, já possui veículos de seus clientes Scania Latin América e Marcopolo (ônibus) aguardando os procedimentos para exportação com destino ao Equador.
Segundo Rafael Pimpão, despachante aduaneiro da Orgui, apesar dos dias limitados para as operações de comércio exterior, a estrutura do terminal está mais adequada em relação ao recinto de Epitáciolândia, onde até então eram apresentados os processos. Assis Brasil é uma cidade chave e ponto estratégico para o desenvolvimento dos negócios internacionais entre os dois países, além de facilitar o acesso aos portos do oceano Pacífico, portanto é um ganho para a região de fronteira a habilitação do terminal aduaneiro. Tanto o governo estadual quanto o federal devem dar uma atenção especial a esta pequena cidade, melhorando a infraestrutura de apoio e os recursos tecnológicos para comunicação (internet, telefonia fixa e celular) que ainda são muito precários, bem como fomentando o desenvolvimento de serviços de apoio ao comércio exterior e formando profissionais para atuarem nesse segmento, pois a demanda irá aumentar muito neste próximo ano, segundo as previsões de clientes que já realizam negócios com o país vizinho, afirma Pimpão.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Aprendendo a Exportar - Pescado

O estado do Acre é produtor de diversos tipos de pescado, sendo estes já consumidos nos países vizinhos.
A comercialização ainda é informal, em pequenas quantidades, mas há interesse de produtores em exportar e padronizar o pescado acreano.
O Ministério do Desenvolvimento através do site http://www.aprendendoaexportar.gov.br/_pescados/ oferece várias informações aos interessados, bem como simuladores de formação de preço e outras orientações.
É importante que seja consultado o MAPA - Departamento de Pesca para obter informações quanto ao registro da unidade produtora para exportar seus produtos.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Nova empresa do Grupo Micheport: Orgui Despachos Aduaneiros e Comércio Exterior Ltda.

Em breve, mais uma empresa fará parte do grupo Micheport. A Orgui Despachos Aduaneiros e Comércio Exterior irá oferecer os serviços de desembaraço de importação e exportação em todas as unidades de fronteira do Brasil, atuando em portos litorâneos e secos - EADI. Através do know-how da equipe e de seu responsável, o administrador e despachante aduaneiro Rafael Lopes Pimpão, a Orgui compromete-se a entregar serviços de qualidade, com agilidade, seriedade e transparência para com seus clientes.
A empresa terá sede em São Paulo, como base comercial, com sua principal filial operacional na cidade de Rio Branco, no estado do Acre, onde o comércio internacional está em pleno desenvolvimento e unidades de fronteira nas cidades de Epitáciolândia e Assis Brasil.
A Orgui será representante legal de duas empresas do grupo, a Micheport Andina e a Michebus Andina, ambas atuantes no segmento de transporte internacional e multimodal para Mercosul e Comunidade Andina, bem como de outras empresas parceiras que já atuam na região norte do país, nas fronteiras com Peru e Bolívia.